História em um Clic - Um Projeto ETEC PJ
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História em um Clic - Um Projeto ETEC PJ

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 Os Deuses que vieram do Espaço

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lari
Ana Cristina
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Bruno Cavalcate
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MensagemAssunto: Os Deuses que vieram do Espaço   Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitimeSeg Ago 02, 2010 1:16 am

De onde vieram os deuses da Mesopotâmia?

Segundo as crenças dos antigos Sumérios, conforme encontrado nas pequenas placas nos subterrâneos dos templos localizados no Iraque e regiões próximas, tudo começaria com uma terrível batalha entre a Serpente Feminina Tiamat e o guerreiro Masculino Marduk. Ao lado de Tiamat, estava também seu General Kingu. Desse confronto cósmico, sairia vencedor Marduk, que derrotaria tanto à Tiamat, quanto à Kingu. Da carne de Tiamat, Marduk cria a Terra e os Céus, e do sangue de Kingu, Marduk cria os homens. Esse mito da criação é descrito na obra Enuma Elish, um conjunto de sete tábuas de argila, que foi encontrada no séxulo XIX, nos restos de Ninive, cidade pólo dos Assírios.

Em outras peças, encontramos a origem desses deuses, dos quais Marduk fazia parte: os Annunaki, uma família de deuses cósmicos que, após a criação da terra, vêm morar por aqui, assumindo os domínios das diversas regiões do planeta. Essa família se baseava nos princípios do equilíbrio. Afinal, foi essa família que, ao vencer Tiamat (que representa as águas infinitas e o caos primordial), estabeleceu os princípios de ordem.

Mas, conforme as crenças antigas, houve desentendimentos entre essa família.

A história desse desentendimento, que encerra uma série de mistérios, será mostrada em breve. Mas, nesse momento, fica a pergunta, qual sua opinião sobre a origem dos deuses da Mesopotâmia? Por que eles constituíam uma família vinda de fora da terra? O que teria influenciado os sacerdotes da Antiguidade a pensar algo nesses termos?

Poste aqui sua opinião. Se encontrarem textos que completem essa breve introdução, coloquem aqui, não esquecendo de citar a fonte ou o site, ok?

Até breve!

Professor Luciano farao
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Bruno Cavalcate




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MensagemAssunto: Bom a origem deles deve ter vindo mesmo de outra galáxia, ou algum sacerdote viu um cometa caindo e ja imaginou toda essa crença ou uma influencia dos egipcios , ja em relação a família é muito mais fácil governar em um conjunto do que sozinho.   Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitimeDom Ago 08, 2010 9:23 pm

Admin escreveu:
De onde vieram os deuses da Mesopotâmia?

Segundo as crenças dos antigos Sumérios, conforme encontrado nas pequenas placas nos subterrâneos dos templos localizados no Iraque e regiões próximas, tudo começaria com uma terrível batalha entre a Serpente Feminina Tiamat e o guerreiro Masculino Marduk. Ao lado de Tiamat, estava também seu General Kingu. Desse confronto cósmico, sairia vencedor Marduk, que derrotaria tanto à Tiamat, quanto à Kingu. Da carne de Tiamat, Marduk cria a Terra e os Céus, e do sangue de Kingu, Marduk cria os homens. Esse mito da criação é descrito na obra Enuma Elish, um conjunto de sete tábuas de argila, que foi encontrada no séxulo XIX, nos restos de Ninive, cidade pólo dos Assírios.

Em outras peças, encontramos a origem desses deuses, dos quais Marduk fazia parte: os Annunaki, uma família de deuses cósmicos que, após a criação da terra, vêm morar por aqui, assumindo os domínios das diversas regiões do planeta. Essa família se baseava nos princípios do equilíbrio. Afinal, foi essa família que, ao vencer Tiamat (que representa as águas infinitas e o caos primordial), estabeleceu os princípios de ordem.

Mas, conforme as crenças antigas, houve desentendimentos entre essa família.

A história desse desentendimento, que encerra uma série de mistérios, será mostrada em breve. Mas, nesse momento, fica a pergunta, qual sua opinião sobre a origem dos deuses da Mesopotâmia? Por que eles constituíam uma família vinda de fora da terra? O que teria influenciado os sacerdotes da Antiguidade a pensar algo nesses termos?

Poste aqui sua opinião. Se encontrarem textos que completem essa breve introdução, coloquem aqui, não esquecendo de citar a fonte ou o site, ok?

Até breve!

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MensagemAssunto: Re: Os Deuses que vieram do Espaço   Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitimeTer Ago 10, 2010 9:06 pm

Very Happy
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Ana Cristina




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MensagemAssunto: Re: Os Deuses que vieram do Espaço   Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitimeQua Ago 11, 2010 12:49 am

encontrei um texto que fala um pouco mais sobre os deus da mesopotâmia.


Apesar de a mitologia mesopotâmica ser ampla e complexa, seus deuses se organizavam em uma hierarquia clara, de acordo com a influência de seu poder. Os mais importantes eram: An (deus do céu), Enlil (deus do ar), Enki (deus da água) e Ninhursag (mãe-terra). Foram eles que, através de suas palavras, teriam criado o mundo. Desse mito talvez tenha nascido a crença no poder das palavras divinas.

Os filhos desses deuses estavam um degrau abaixo na escala de poder divino. Eram milhares de divindades, cada uma responsável por um aspecto do mundo, por uma parte do universo, agindo com o intuito de manter em funcionamento o plano iniciado por seus pais.

Os mesopotâmicos acreditavam que esses deuses, principalmente os deuses criadores, estavam muito distantes e muito ocupados com suas tarefas, para dar atenção às necessidades dos homens. Assim, para suprir as carências humanas, também existiam os deuses pessoais, que cuidavam da orientação de cada indivíduo e de sua família.

Os zigurates
Além disso, cada cidade-estado tinha seu deus protetor, que era honrado pelo rei do local e pelos mais importantes sacerdotes. Um templo em forma de pirâmide de degraus, o zigurate, era construído para servir como sua morada. O mais famoso zigurate foi construído para o deus Marduk, localizava-se na Babilônia e também é conhecido por Torre de Babel.

De qualquer forma, todos os deuses tinham características próximas às humanas (o que chamamos de antropomorfismo): casavam-se, tinham filhos, tinham ataques de fúria ou de extremo amor, podiam ser melancólicos, preguiçosos, invejosos ou, também, alegres, caridosos. Embebedavam-se, eram enganados por outros deuses, brigavam entre si por mais poder. Cada aspecto desses deuses foi relatado por uma longa série de mitos.

Segundo a crença da Mesopotâmia, para que toda a existência fosse ordenada, Enlil (deus do ar) criou o me, uma espécie de "lei universal" que governava a tudo e a todos, inclusive aos deuses. Esse me gerava conforto nos mesopotâmicos, pois sabiam que tudo continuaria eternamente funcionando segundo a ordem divina. E, dentro dessa ordem, acreditavam que o homem tinha sido criado com um único propósito: servir aos deuses, que deveriam ser respeitados, alimentados e abrigados em templos, para que não lançassem sua ira sobre os mortais.

O dilúvio
Um mito que foi muito temido e, talvez por isso, compilado diversas vezes, em diferentes épocas na história, foi o mito do dilúvio. Nesse relato contava-se que, em uma época muito remota, os deuses, insatisfeitos com os homens, resolveram destruir a humanidade, fazendo cair uma chuva torrencial, que fez subir as águas dos rios.

No entanto, Enki, o deus das águas, revelou o plano dos deuses a um escolhido, Ziusudra (chamado de Utnapishtim pelos acádios), aconselhando-o a construir uma embarcação gigantesca. Vejam um trecho do relato sumério desse mito, encontrado em Nippur:

"Depois que, durante sete dias [e] sete noites,
O dilúvio se estendeu sobre a terra
[E] o grande barco foi sacudido pelos vendavais sobre as águas
Utu [o deus sol] apareceu, espalhando luz sobre o céu e a terra (...)"

Tal mito também foi compilado, muitos séculos depois, num dos livros que compõem a Bíblia, tendo como principal personagem um homem chamado Noé. Esse fato pode ser explicado, pois os hebreus (povo que deu origem aos judeus) tinham suas raízes ancestrais em Ur, uma importante cidade da Mesopotâmia.

http://educacao.uol.com.br/historia/mesopotamia-politeismo-diluvio.jhtm
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lari




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MensagemAssunto: Larissa    Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitimeQui Ago 12, 2010 12:39 am

Concordo com o Bruno Cavalcante, é mais fácil governar em conjunto do que sozinho. E talvez tenham vindo de outras 'galáxias' pra que a ideia de 'superioridade' dos deuses fosse maior, pra parecerem mais 'importantes'.
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Bruno Nicolau




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MensagemAssunto: Re: Os Deuses que vieram do Espaço   Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitimeSex Ago 13, 2010 3:25 am

Acho que, em como as maiorias da religiões, um homem estudou de onde veio o ser humano e no caso da mesopotania um sacerdote deduziu que o homem foi criado por um deus que veio do espaço.
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MensagemAssunto: Desafio   Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitimeSex Ago 13, 2010 3:38 pm

Muito bem, pessoal. As origens dos deuses são sempre um mistério. Um aspecto importante sobre esses deuses é a simbologia que cada um, e cada história, comporta. Os povos entendiam o mundo, e seus significados conceituais, pelos símbolos de cada deus, como o caos, a ordem, a guerra, o amor e outros.

Um desafio a vocês: procurem na internet ou outras fontes algumas crônicas dos deuses da Mesopotâmia e façam uma comparação com esses elementos. Abaixo, darei a primeira contribuição.

Professor Luciano affraid
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MensagemAssunto: A história de amor entre a Guerra e a Morte   Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitimeSex Ago 13, 2010 3:39 pm

Tudo começa quando Anu, o deus do firmamento, resolve dar um banquete, reunindo sua família (algo como um churrasco de domingo, mas algo mais digno dos deuses). De todos seus familiares, a única que não poderia comparecer era Ereshkigal, a deusa que presidia o Submundo, ou mundo dos mortos.

Conforme texto das tábuas em escrita cuneiforme, assim afirmou Anu:

- Em breve, darei um grande banquete para todos os meus filhos e filhas, os grandes deuses e deusas desta terra. Por este motivo, enviarei uma mensagem ao Mundo Subterrâneo, para Ereshkigal, a deusa e rainha das Grandes Profundezas. Na mensagem eu dir-lhe-ei que como não é possível para ela subir às Esferas Superiores e juntar-se aos nossos festejos, pois a sua presença é necessária nas Grandes Profundezas para manter o Equilíbrio entre a Vida e a Morte, as Trevas e a Luz, o Caos e a Ordem. Por outro lado, é igualmente impossível que os deuses e deusas das Esferas Superiores desçam ao Mundo Subterrâneo. Portanto, eu enviarei uma mensagem à Ereshkigal em nome de todos os Anunaki das alturas e um mensageiro ao Reino das Profundezas. Eu pedirei a Ereshkigal que envie um mensageiro de sua confiança até nós, e que tal mensageiro escolha da mesa do Grande Banquete presentes para ela. Se Ereshkigal não pode vir juntar-se a nós, pelo menos ela terá o melhor de nossa mesa de festejos para si! E que seja feito segundo a minha vontade!

Sendo assim, Anu enviou seu servo para contar o procedimento à Ereshkigal, o que a deixou muito feliz, por toda a consideração de seus familiares. Ela, então, escolheu a Namtar, o guardião do Portal, para representá-la. No momento do banquete, todos estavam se divertindo, no momento em que Namtar chegou. Todos o trataram com reverência, como se estivessem diante da própria deusa. Todavia, um único deus em momento algum se prostrou, nem o tratou com o devido respeito. Vendo a situação, Namtar, muito educadamente, foi perguntar o porquê daquele comportamento. O deus, Nergal, o senhor da Guerra, e o mais jovem da família, assim respondeu:

- Por que eu deveria saudar, fazer reverências, mostrar respeito ou deferência a uma deusa a quem nunca vi? Não conheço Ereshkigal, jamais a encontrei! Caso ela estivesse aqui, ou tivesse sido eu apresentado a ela, então e somente então eu consideraria a possibilidade de prestar homenagem a ela. Mas com toda franqueza, está’ acima da minha compreensão por que eu, um deus, iria saudar ou me ajoelhar em frente de um simples mensageiro de uma irmã mais velha a quem nunca vi!

Assim, Namtar imediatamente se retirou para notificar Ereshkigal, o que causou grande temor nos outros deuses. Nergal, a princípio confiante em si mesmo, riu da situação, mas quando todos os deuses, mesmo Enki e Enlil, se mostraram receosos, passou a se preocupar.

Enki orientou Nergal a pedir desculpas a Ereshkigal. E, para isso, precisaria descer até o submundo e levar um trono para presenteá-la. Nergal foi orientado e jamais sentar em nenhum lugar oferecido a ele, nem tampouco se deixar encantar pela deusa, e nem fazer uso de seus favores.

Nergal, mais uma vez, acreditou que era exagero do irmão, prosseguindo despreocupadamente ante o trono da Deusa.

O que acontecerá a seguir?

Continua...
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RicardoSmbkr




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MensagemAssunto: Re: Os Deuses que vieram do Espaço   Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitimeSáb Ago 14, 2010 7:00 pm

Concordo com a Lari, a crença de que os Deuses vieram de outra galáxia é para reforçar a ideia de superioridade e maior evolução. Já sobre a família, acredito que seja uma forma de os Deuses se assimilarem mais com as pessoas, porque ninguém consegue viver sozinho.
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Lucas M. M. Silva




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MensagemAssunto: Re: Os Deuses que vieram do Espaço   Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitimeQui Ago 19, 2010 1:56 am

Partindo da teoria dos deuses vindos do espaço, eu gostaria de contar uma história do povo babilônico. No final do século passado arquiólogos encontraram placas de argila com cerca de 2 metros, após analises de tradutores surgiu, para os historiadores, a seguinte história: os Annunakis( tradução literal "vindos dos céus") vieram ao nosso mundo com uma missão de extração de minérios, aparentemente sofriam com a escassez de ouro e outros minerais no seu planeta. Para fazer, efetivamente, a extração, os Annunakis criaram "a partir deles" uma forma de vida escrava cuja única função era trabalhar para eles. Assim que sua "missão" foi concluída eles partiram...
Esse mito babilônico ainda é muito desconhecido.
Mas aí está. Obrigado.
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matheus.p




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MensagemAssunto: Re: Os Deuses que vieram do Espaço   Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitimeQui Ago 19, 2010 11:14 pm

No meu entendimento dessa questão os deuses demonstram superioridade em relação aos demais, por terem vindo do espaço e terem criado a Terra e os céus.E em relação a família até os deuses mostram que é necessario ter uma família , mas até mesmo esses deuses ao longo do tempo demonstraram criar desentendimentos entre si.
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MensagemAssunto: Nergal e Ereshkigal   Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitimeSáb Ago 21, 2010 1:46 pm

Aí está, pessoal. Conforme o prometido!

Namtar orientou a Nergal de que Ereshkigal era terrível m sua beleza, aterrorizando a muitos. Porém, para aqueles que olharem para além da aparência, a verdade se revelaria. Mas nada o prepararia para a visão que teve. Ajoelhado diante da irmã, sentada majestosamente em seu trono, Nergal sentiu todo o terror da deusa ancestral que comandava aos mortos.
Impassível diante de sua presença, e do fato de ser seu irmão, Ereshkigal inquiriu sobre o motivo de Nergal estar lá. A voz da deusa penetrava seus ouvidos, e ele se lembrou das palavras de Namtar. Superando o medo, enfim olhou para a irmã.
Tenebrosa em sua beleza ancestral ela era, mas dela não podia se esquivar.
Inventou que seu pai, Anu, o havia enviado para se casar com Ereshkigal, e que o trono era um presente para ela.
Curiosa pela resposta de Nergal, Ereshkigal manteve a firmeza e saiu, deixando-o para o cuidado de seus servos.

Nergal resistiria a eles, mas não tiraria a face da deusa de sua mente. Apaixonado pela rainha do Submundo, Nergal se declarou para ela. E Ereshkigal correspondeu. Ambos ficaram juntos por dias e noites, mas, em uma delas, Nergal se questionou se aquilo era o que realmente queria. Viveria para sempre no Submundo, o deus da guerra? A Morte seria sua companheira eterna? Angustiado com as possibilidades, indagava-se se realmente a amava. Foi assim que partiu silenciosamente, deixando a deusa enrolada em seus lençóis.

Ao despertar, Ereshkigal foi tomada por angústia, sentimento de abandono e ódio por aquele deus imaturo. Enviou Namtar até aos deuses, com a notícia de que Nergal deveria se entregar. Namtar percorreu toda a terra mas, graças a um feitiço de Enki, Nergal permaneceu oculto da visão do servo.

Tendo retornado sem nenhuma notícia, Ereshkigal mandou uma mensagem aous deuses:
- Grandes deuses e deusas, Anunaki das Alturas, eu vos saúdo mais uma vez em nome de minha rainha, a toda-poderosa Ereshkigal das Grandes Profundezas! Eu subo até os grandes deuses e deusas com a missão de levar de volta ao Mundo Subterrâneo o deus que partiu sem se despedir de minha rainha, que abandonou o Mundo Subterrâneo da forma mais covarde e desgraciosa, tal qual um ladrão e criminoso, esgueirando-se na calada da noite, fugindo para não ser apreendido. Em nome de minha senhora, eu conclamo a Nergal, o deus da Guerra e de todas as doenças, para com coragem dirigir-se à presença de minha grande rainha! De onde estiver Nergal, o deus que amou e abandonou Ereshkigal, eu conclamo que a todos agora, de imediato apareça! Será que o deus que à minha senhora se apresentou já dela e do que compartilharam juntos se esqueceu? Sete dias e seis noites de amor, carinho e paixão nas Grandes Profundezas para ele nada significaram? Eu exijo em nome de minha senhora as devidas reparações! Nergal, deus da Guerra que um dia ao Mundo Subterrâneo por sua livre e espontânea vontade desceu, vossa presença é de novo exigida nas Grandes Profundezas, para todo e qualquer mal-entendido esclarecer. Ao comer e beber da mesa de minha senhora, sentar-vos ao lado dela, compartilhar do leito sagrado e impregná-la com sua semente, um elo entre o deus da guerra e a rainha do Mundo Subterrâneo foi de forma indelével criado. Em nome de minha rainha, da Grande Ereshkigal, eu conclamo Nergal, o deus da guerra, para tudo com minha deusa esclarecer!

Nergal não pôde ficar indiferente às palavras de Namtar, ao discurso apaixonado do fiel ministro e conselheiro de Ereshkigal. Com alegre surpresa, o corajoso deus da guerra percebeu que estava disposto a se render incondicionalmente, corpo, mente, coração e espirito, à Ereshkigal, não apenas por um momento, mas por toda a eternidade e além! Com esta grande certeza, em passos longos e resolutos, Nergal foi até Namtar:

- Não, Namtar, eu não me esqueci de Ereshkigal! Eu posso tê-la deixado, mas certamente sempre pretendi voltar ... quando tivesse certeza dos desígnios do meu coração, sem outros encorajamentos ou coação! Bem, irei provar uma coisa a Ereshkigal: ela ter-me-á como companheiro e consorte, mas não como um fantoche na palma da sua mão! Em verdade, em verdade eu afirmo que Ereshkigal pode ser a Soberana do Mundo Subterrâneo, mas eu exijo ser tratado como seu igual, deus e companheiro. Agora sou eu que vou até ela, abrindo todos os portais mais cerrados e tudo fazendo para ensinar uma lição à minha grande rainha e senhora do meu ardente coração!

De imediato, Nergal cumpriu a sua palavra, pois começou a longa e árdua descida para o Mundo Subterrâneo. Desta vez, a cada portal, Nergal não mais pediu, mas exigiu passagem, em voz calma mas cheia de autoridade. Como quem chegou para ficar Nergal desceu, como um soberano, ciente de seus direitos e deveres, ele prosseguiu sem pestanejar, não ouvindo as provocações dos guardiões dos portais, os quais não cessaram de testar as reais intenções de Nergal. Pela primeira vez, o Deus da Guerra, o Beligerante Nergal ignorou provocações, não perdeu a paciência, manteve seu temperamento bravio sob controle para mais depressa chegar até Ereshkigal, onde quer que ela estivesse.

No limiar de cada um dos Sete Portais, clamou Nergal:

- Guardião do Portal! Que me seja concedida passagem! Aqui quem lhes fala é Nergal, o Deus da Guerra, que, entretanto, neste momento com ninguém quer brigar, somente exigir passagem, para no Mundo das Profundezas poder entrar. Eu desço por minha livre e espontânea vontade, eu escolho pelo desejo do meu coração e anseio da minha alma para Ereshkigal voltar. E agora, sem parar para discutir ou problemas causar, eu sigo em frente! Repito: quero o direito de passagem, sem confusões ou demoras, desde já.

Tanta confiança valeu, realmente, a Nergal o direito de passagem. E à medida em que Nergal avançava, alegria e confiança entraram o coração do deus guerreiro. Seus pés passaram a correr pela antecâmara de Ereshkigal, correndo ele subiu as escadarias que levavam ao trono mais alto do Mundo Subterrâneo.

Como de sempre, silenciosa, magnífica, lá estava sentada Ereshkigal. Ao vê-la novamente, o mundo parou e tudo fez sentido derepente. Surpreso e feliz, Nergal parou, e as palavras como torrente saíram de seus lábios, do seu coração, corpo e mente:

- Eu voltei, adorada, agora para ficar, pois descobri que aqui, contigo é o meu lugar.

Para Ereshkigal, o mundo também parou ao ver Nergal entrar, tudo voltando alegremente ao seu lugar ao ouvir o que ele tinha a lhe dizer ao chegar. Bom humor porém venceu a batalha de emoções que rugia dentro de Ereshkigal: antes de Nergal ter a paz dos braços dela, algo de rendição ele teria com certeza de mostrar!

- Então voltaste para mim, meu deus.... de tua livre e espancada vontade?

Ele já devia saber que Ereshkigal não iria recebê-lo imediatamente de braços abertos. Não sem alguma luta, algum esforço da parte dele. Mas ela realmente valia todas as batalhas. De fato, Ereshkigal era todos os troféus.

- Eu por acaso te disse que não voltaria?

- Não, como também não me disseste que irias partir.... retrucou Ereshkigal.

O tom levemente irritado de Ereshkigal, sem dúvida uma de suas mais deliciosas características, era traído pelo sorriso que ela não tentava mais esconder. Nergal riu também, e não pôde mais resistir. Venceu os passos que faltavam para chegar até ela, mergulhou as mãos nas longas madeixas de ébano e selou-lhe os lábios com um beijo apaixonado.

- Mesmo sabendo o quão impossível, autoritária e inflexível tu és, adorada, sim, eu voltei para ti, desta vez para não mais te deixar. Tens estado por tempo demais sozinha nas Grandes Profundezas, minha querida. Portanto, eu por aqui irei ficando. Contigo no Mundo Subterrâneo, não como espirito cativo, mas como teu consorte, para julgar os casos dos deuses e dos vivos ao teu lado. Mas antes de me aceitares, deixa-me fazer algo que deveria ter feito ao chegar. Não agora, mas da primeira vez que desci até ti.

Nergal foi até os aposentos que havia compartilhado com Ereshkigal, em busca do trono que com suas mãos havia esculpido, o trono de madeira sagrada, e colocou-o ao lado do trono da Grande Rainha do Mundo Subterrâneo. Com a mais perfeita cortesia, ele sorriu para ela, e com um joelho ao solo, pediu-lhe formalmente a mão::

- Tu me aceitas como teu consorte, minha amada e rainha? Para reinar a teu lado, ser teu companheiro, amante e dos amigos, o melhor e mais querido?

- Sabes o que estás pedindo? Perguntou Ereshkigal, com a franqueza e seriedade que a caracterizavam. De todo coração, Nergal, com toda franqueza, podes me dizer que compreendes realmente o que significa o grande passo, a grande escolha que estás ora fazendo?

Nergal prendeu a respiração, pois sabia que Ereshkigal, em sua grande generosidade, estava-lhe oferecendo a liberdade, caso ele assim o quisesse. Mas ele, o invencível deus da guerra, havia-se rendido à deusa das Grandes Profundezas. Em rendição total e absoluta.

- Tu queres a verdade, e somente a verdade mais pura terás de mim. Tu, o teu mundo é a Escolha que eu faço pelo exercício da minha mais alta vontade, do desejo mais profundo da minha alma. Sinto-me pronto para ser o teu parceiro, consorte, amigo e companheiro, pelas regras do teu mundo e de quantos outros julgares necessário. E’ meu desejo ajudar-te a julgar os casos trazidos a ti, para que o equilíbrio e a justiça possam ser restabelecidos em todos os mundos. Esta é a escolha que com toda liberdade faço, seguindo a Mais Elevada Vontade do meu coração, o Desejo da minha alma. Oh, minha rainha, Senhora da Justiça dos Ancestrais, por ti eu desisto do meu lugar entre os deuses das Esferas Superiores. Desisto sem tristezas, desobrigado de laços ou qualquer outro peso, pois desde o Inicio dos Tempos, minha foi a mais severa de todas as obrigações, a mais pesada de todas as cargas, pois a mim coube ensinar à humanidade o amor, a saúde, a riqueza e a paz através dos horrores da perda, dor, pobreza e guerras causadas pela estupidez da própria humanidade. Longa e solitária foi a minha jornada até agora, até te encontrar. Por tudo isto, eu te peço humildemente, minha amada e grande senhora, pelo privilégio de dividir contigo a imensa carga que é julgar os vivos e os mortos para efetuar todas as curas, fechar todas as feridas e restabelecer todos os equilibrios perdidos em todos os mundos!

Em seguida, Nergal, apresentou a Ereshkigal os símbolos que definiam o seu poder nas Esferas Superiores, o cetro com a cabeça de leão e a cimitarra.

- Como prova da sinceridade de minhas palavras, do peso de verdade dos votos que faço a ti, coloco os símbolos do meu poder a teu serviço. Quero agora erguer bandeiras sem matar, ser o vento da mudança que provoca crescimento e desperta em todos a confiança de ousar e agir para somente construir.

A face de Ereshkigal irradiava imensa felicidade ao receber o cetro e a cimitarra de Ningal. Com graça, reverência e gentileza, ela colocou tanto um quanto o outro nos braços do trono de Nergal, antes de voltar-se para ele:

- Os símbolos que colocaste a meu serviço a ti são devolvidos para que os possa usar com equilíbrio quando ao meu lado os casos dos vivos e dos mortos julgar. Nergal, amor do meu coração, companheiro da minha alma solitária, eu te dou as boas-vindas ao meu reino e te recebo com a alegria de mãos se encontrando, com a ternura de amantes se beijando. Por isso, agora eu te pergunto: o que estás esperando? Quero já’ o meu abraço e teu melhor beijo! Agora!

Nergal não precisou de maiores encorajamentos, e com beijo longo e molhado, os votos do deus da Guerra e da rainha das Grandes Profundezas com muito amor foram selados.

Momentos depois, Namtar chegou, e vendo os deuses abraçados, parou, contente, mas também um pouco embaraçado:

- Minha senhora, meu senhor, as minhas mais sinceras desculpas!

Nergal, ainda abraçando Ereshkigal, responder a Namtar:

- Chegaste em boa hora, fiel Namtar. Mais do que depressa, suba até as Alturas Superiores e diga a Anu, o grande deus do Firmamento, que doravante não deixarei mais o Mundo Subterrâneo, não viverei mais nas Esferas Superiores, para ficar para sempre com minha amada Ereshkigal. E que faço esta escolha de minha livre e espontânea vontade, e muito mais. Pois tendo descoberto nela a verdade maravilhosa que sempre soube um dia ter de encontrar, com a grande Ereshkigal e no Mundo Subterrâneo para sempre quero ficar.

- E que todos saibam que o Mundo Subterrâneo também é o Mundo da Redenção, Paixão, Equilíbrio e Paz que Restauram todos os mundos, devolvendo o Brilho Exterior a tudo que foi, é e virá! Completou Ereshkigal.



Namtar retornou às Esferas Superiores para mais uma vez levar uma mensagem para os Deuses dos Mundos de Cima. A voz do fiel vizir e conselheiro de Ereshkigal ecoou alta, clara e alegre em todos os quadrantes dos Mundos das Alturas:

- Grandes Deuses e Senhores das Esferas das Alturas! Mais uma vez venho até vós, a mando de minha rainha, Ereshkigal, e de seu amado consorte, o Deus Nergal. Ele, o Deus da Guerra, agora também meu senhor, escolheu ficar no Mundo Subterrâneo e tornar-se Juiz dos seres que lá chegarem. Como verdadeiro Parceiro e Companheiro da grande deusa Ereshkigal, com ela ele irá compartilhar das responsabilidades de reinar sobre o Mundo Subterrâneo. Neste momento, com grande alegria, eu vos convido para dar saudar a Ereshkigal e Nergal, Soberana e Soberano do Mundo Subterrâneo! Que em todos os mundos e esferas seja sabido que Um Amor Profundo existe e vigora no Mundo das Grandes Profundezas, e que a Justiça Divina prevalece em todas as esferas para fazer brilhar a luz do Espirito, Realidade Sutil que tudo de amor inflama e enche de fulgor!

Extraído do site Babilônia Brasil
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MensagemAssunto: Encerramento   Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitimeTer Ago 24, 2010 8:09 pm

Muito bem, pessoal,

E nós estamos encerrando aqui o tópico sobre a origem dos deuses da Mesopotâmia.

A partir de agora, seguiremos com a Grécia, pessoal

Podemos concluir, por tudo que foi dito, que a origem misteriosa desses deuses pode, de fato, representar o olhar para o alto e a busca por respostas no espaço. Lembremo-nos de que, mesmo no Cristianismo, é comum usarmos o termo "ir para o cèu", alèm de nos referirmos aos anjos como sendo seres alados que singram o cèu atè a terra para trazer mensagens divinas para os homens.

Até breve nos próximos posts.
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MensagemAssunto: Re: Os Deuses que vieram do Espaço   Os Deuses que vieram do Espaço Icon_minitime

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